sexta-feira, 16 de abril de 2010

PRIMEIRO VEIO O GIBI.



Kick-Ass é uma série em 8 edições publicada pelo selo Icon, divisão de quadrinhos autorais da Marvel Comics, escrita por Mark Millar e desenha por John Romita Jr.
Na história, um garoto comum, Dave Lizewski, fã de revistas em quadrinhos de 16 anos, decide costurar a sua própria fantasia e partir para o combate o crime. A diferença é que essa história se passa no nosso mundo. No mundo mais real possível. Ou seja, sem soros que dão força descomunal, sem heróis para salvar as pessoas na última hora, sem poções mágicas.



Mark Millar fala sobre Kick-Ass.

“É sobre um garoto de 16 anos que gosta tanto de gibi que decide criar um uniforme, pintar um bastão de baseball e sair procurando encrenca. Ele resolve ser o primeiro super- herói do mundo”, explicou Millar ao site Newsarama, ressaltando que, apesar de óbvio, ele nunca viu o conceito ser aplicado nos quadrinhos.



“O cara não recebeu o soro do super-soldado nem foi enviado via foguete por um mundo destruído. Ele apenas faz 100 flexões por noite, talvez umas aulas de karatê e come de forma sadia - ele é totalmente, totalmente vulnerável”, continua Millar. “Se um desses fortões russos te amarra numa cadeira, é provável que você não vá se soltar para enfrentar ele e o resto da gangue. É mais provável que você morra. A série é sobre isto. É sobre um cara fazendo algo corajoso ou estúpido (dependendo do seu ponto de vista) e aí, em nosso mundo maluco da Internet, um monte de super-heróis amadores aparecendo e copiando-o. Se um deles ganha alguma reputação e é visto como ‘legal’, pode apostar que vai ter mais 50 pessoas tentando aparecer nos jornais também.”



“É uma série que quebra tudo que a gente ama nos super-heróis e constrói de volta, de um jeito novo. Estamos muito empolgados com ela. Johnny [Romita Jr.] e eu acreditamos que nos deparamos com algo potencialmente gigantesco”, auto-elogia-se o escritor.



A série tem a ver com as recentes notícias de pessoas que decidiram tornar-se vigilantes do crime, com direito a uniformes e codinomes - no nosso mundo real. Millar disse que pensou no conceito antes, mas espera estar “tocando em algum tipo de zeitgeist”.



Na entrevista ao Newsarama, o autor ainda comenta que já vendeu Kick-Ass para o cinema. “Um diretor/produtor já falou comigo para começar assim que a greve dos roteiristas acabar, e sou um grande fã dele, então não vamos levar para mais ninguém. Vamos co-escrever o roteiro e ele vai dirigir. O cara é um gênio, então eu não poderia estar mais feliz.”



E quanto à chamada megalomaníaca nos previews? “Ah, isso sou eu tentando te convencer. Tudo zoeira.”



O escritor escocês, após um ano de poucos lançamentos, tem vários projetos para 2008. Ele e Bryan Hitch assumem a série do Quarteto Fantástico em fevereiro; sua mini 1985, com Tommy Lee Edwards, também na Marvel, sai pelo primeiro semestre; na Image, ele tem War Heroes, com Tony Harris (que, também segundo o autor, já está vendida para o cinema); e na Dark Horse, uma continuação de Chosen - O Escolhido. Sem contar a adaptação para o cinema de seu Wanted, que estréia em março lá fora.



KICK-ASS 8 ediçoes

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