segunda-feira, 12 de abril de 2010

TRANÇAS ROSAS... COOL!





Quando se fala em Bambi, todo mundo pensa no filhote de cervo criado pela Disney. Mas este foi o nome que Atsushi Kaneko escolheu para sua personagem, uma adolescente de cabelos cor-de-rosa que fala de si mesma na terceira pessoa, uma assassina de primeira linha, que mata quem aparece em sua frente. Seu objetivo é entregar aos "velhos" um menino de cinco anos que fora raptado por ela.

Até que chegue ao seu destino, Bambi enfrentará diversos bandidos, como um ex-lutador de telecatch, pessoas que se transformam em porcos, um trio de irmãs sadomasoquistas e a gangue do rei Gabba - uma espécie de Elvis Presley decadente -, além de um garoto da idade dela que parece ter um interesse especial na garota, além da recompensa de quinhentos milhões de yenes. E de fato, por mais que Bambi seja uma adolescente, tem formas bem generosas, como o leitor poderá conferir já no primeiro volume, quando ela fica nua e toma banho.

Há de se observar também uma dualidade constante. Por vezes ela parece ser uma mulher adulta que dirige um automóvel fofo como o da Penélope Charmosa. Outrora é uma garotinha mimada que mais se aproxima do moleque que ela arrasta pra cima e pra baixo. Também fica no ar a esta relação, que se mistura o tempo todo. Em certos momentos ela parece a mãe, em outros a irmã mais velha.

Quem gosta de mangás super violentos e da estética de filmes como Sin City, Kill Bill e Laranja Mecânica tem tudo pra gostar de Bambi, que a editora Conrad lançou da mesma forma que a versão original, ou seja, com uma cor diferente de impressão em cada volume (magenta no volume 1, parte azul, parte laranja no 2, verde no 3 e preto no 4). Os enquadramentos são ousados, o desenho bonito e a dinâmica hiper frenética, com breves pausas para respirar. Pra quem gosta do gênero, taí um bom investimento.

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