quarta-feira, 27 de abril de 2011

CHOLITAS "E VO"AM NO AR.

Inspirada na luta livre mexicana, a boliviana remonta aos anos 1950, quando foi introduzida por imigrantes. Nas décadas seguintes, diversos lutadores mexicanos e argentinos passaram pelo país, treinando gente como o ex-campeão Diego Armando Condarco, conhecido como Matemático. “Vinham lutadores de outros países. Era um esporte muito apoiado e profissional nesta época”, conta ele, hoje empresário da modalidade.

Na década de 1990, o esporte caiu em decadência com a chegada da TV às casas mais humildes, esvaziando os ginásios. A virada só aconteceu em 2001, quando Juan Mamami, empresário do grupo Los Titanes del Ring, teve a ideia de incluir no espetáculo as cholas, das etnias aymará ou quéchua.

“Queria voltar a encher o ginásio, então pensei em primeiro fazer lutas de anões. Até trouxe um lutador peruano. Mas, depois, pensei nas cholitas, e a luta ficou muito popular de novo”, declarou.

Graças a essa popularidade, os grupos se multiplicaram. Hoje, são dezenas em todo o país. Em todos, a presença das mulheres é fundamental. Entram em cena figuras como Julia La Paceña, Carmen Rosa La Campeona, Yolanda La Amorosa e Sarita La Romántica. “Nós temos quatro cholitas no nosso grupo hoje em dia, mas já estamos treinando mais seis. Elas são fundamentais para o show”, explica Matemático, que dirige o grupo 100% Lucha de Titanes.

As sessões têm atraído cada vez mais turistas, que pagam o dobro e às vezes até três vezes mais por lugares confortáveis, bem perto do ringue. Nas ruas do centro de La Paz, cartazes (como este abaixo) anunciam as lutas de cholas como mais uma opção de entretenimento turístico na capital boliviana.

Queres mais aqui tem.



Não é que as danadas foram no programa do Ratinho.





E eu só descobri na Vice.















Olha que virou até um mangá a coisa.





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