sexta-feira, 1 de abril de 2011

ISTO NÃO SIGNIFICA NADA PARA MIN.

Não gosto de ficar remoendo o passado. Hoje não deu... ele veio me cobrar.

Veio na velocidade de uma madrugada, onde tudo parece eterno.

Lembrei da sala, do aparelho CCE, da coleção de vinil, e deste disco:



Adorava ele, e em especial a faixa título "VIENNA"

Caminhávamos pelo ar frio.
O sopro gelado no vidro de uma janela, *
Deitado e esperando.
O homem no escuro num quadro de imagem,
Tão místico e sensível.
Uma voz chegando num gruto profundo,
Ainda permanece com você

O sentimento se foi, só você e eu.
Não significa nada para mim.
Isto não significa nada para mim.
Oh, Viena.

A música está tremulante
Notas frequenciais, cordas trementes, **
O rítmo está chamando.
Sozinho pela noite
Enquanto a luz do dia traz,
Um silêncio frio e vazio.
O calor de sua mão e um céu cinzento e frio,
Se esvai à distância.

A imagem se foi, só você e eu.
Não significa nada para mim.
Isto não significa nada para mim.
Oh, Viena.
Isto não significa nada para mim.
Isto não significa nada para mim.
Oh, Viena.


* Quando respiramos próximo a uma janela no frio, e parte janela fica embassada.

** Recurso utilizado geralmente por violinistas em bater nas cordas para tirar um som tremulante.

Acabei apresentando ele para os mais chegados, que passaram a gostar também.

Numa madrugada, depois de bebermos e conversamos muito com Cristina, estávamos todos jogados no chão da sala em minha casa.

Ouviamos o disco, mas queriamos só ouvir VIENNA, até que um falou:

"Bem que podia só tocar essa faixa a madrugada toda!"

E não vão acreditar... a faixa repetiu, repetiu, e repetiu a madrugada toda.

Nunca falamos sobre o que aconteceu naquela noite.

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