quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
CARNELEVARIUM
"A luta entre o carnaval e a quaresma" - Pieter Bruegel
Adeus à carne
Virgílio Mendes Ardérius
Carnaval é sinónimo de folguedos, mascaradas, orgias e festas, que precedem a quarta-feira de cinzas. Numa interpretação etimológica da palavra, é dizer adeus à carne, para entrar na abstinência quaresmal.
Por essa razão o povo chamava ao Domingo anterior, Domingo gordo, cozinhando e comendo carne com mais abundância e que era obrigatório consumir até ao fim de terça-feira de Carnaval.
Este tipo de festas é comum a todas as civilizações, mesmo das mais primitivas. Sempre foram caracterizadas pelos disfarces e audácias, apenas permitidas nessas ocasiões.
A lei da festa é a do excesso e da pândega, surgindo como uma necessidade social, como diz Durkheim, de transitar para fora e para cima da moral comum.
Já Confúcio dizia, para justificar os rega-bofes dos camponeses da China, que se não deve «manter o arco sempre tenso sem nunca o afrouxar, ou sempre frouxo sem nunca o esticar».
As festas de Carnaval mergulham as suas raízes em tradições ancestrais, de origem mítica e pagã. A festa aparece como suspensão da ordem, dando lugar aos excessos. As prescrições sociais, morais, voltarão depois a ser retomadas, para defesa da ordem natural e social.
A festa é o caos reencontrado e actualizado. Na China, considera-se que o odre que figura o caos está transformado quando foi sete vezes furado pelos relâmpagos. Do mesmo modo o homem tem sete aberturas no rosto e o homem de bem sete no coração.
O odre-caos é personificado por um homem estúpido, «sem abertura», desprovido de rosto e de olhos. No fim de um festim, os relâmpagos atravessam-no sete vezes: não para o matar, mas para o fazer renascer para uma vida superior, para o modelar.
A festa traz consigo o tempo da licença criadora, aquele que precede e engendra a ordem e eu diria um homem melhor.
Em alguns corsos carnavalescos deu-se conta da exaltação de motivos fálicos, certamente evocando os ritos de fecundidade e de iniciação.
As cerimónias pagãs de fecundidade pretendiam garantir o renascimento da natureza e os de iniciação a manutenção e renovação da sociedade.
Como diz Roger Caillois, no seu livro «O Homem Sagrado», «não é possível dizer que haja algum abuso que não desempenhe um certo papel na festa».
As festas, de uma forma geral e o Carnaval com mais intensidade, constituem uma ruptura na obrigação do trabalho, uma libertação das limitações impostas pela sociedade, estabelecendo as barreiras que separam as classes sociais.
Todavia, à medida que se tem caminhado para uma certa indiferenciação na sociedade e uma certa continuidade do tempo torna-se menos evidente a força e necessidade da festa, no sentido tradicional.
O individualismo sobrepõe às manifestações colectivas. As festas continuam a ter algum sentido para os mais velhos, porque os mais novos, levados pelo frenesim das solicitações de uma sociedade de consumo, já não dão conta da diferenciação dos tempos.
Para a maior parte, tudo é igual, distinguindo apenas o tempo de aulas e o tempo de férias.
Apesar disso, a Quaresma, é um forte apelo à «metanoia», ou seja, à mudança interior, à renovação do coração e dos sentimentos, na linha da fraternidade e da solidariedade.
O SUICÍDIO É O ULTIMO DIREITO HUMANO.
Atire você a primeira pedra, ou moeda, nesse tempo quem quer REVOLUÇÃO?
TEA PARTY
Pergunta: E você se considera um súdito leal da coroa?
Resposta: Não me considero súdito de nada.
Os Britânicos não adicionam leite a qualquer chá não!
Os únicos tipos de chá que se “dão bem” com leite são o chá preto (em inúmeras variedades) e o Indiano Masala Chai (super aromático!).
Existe um grande debate na Inglaterra sobre a ordem em que o chá deve ser preparado. Tem gente que jura de pé junto que a melhor maneira é colocar o leite primeiro, o saquinho do chá e depois o leite, pois assim, o chá não “turva”. Já outras pessoas defendem que o chá precisa ficar em infusão em água fervente por alguns segundos, e se você adicionar o leite antes, a água já não estará 100% quente, logo o sabor do chá não será completo.
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