Veio na velocidade de uma madrugada, onde tudo parece eterno.
Lembrei da sala, do aparelho CCE, da coleção de vinil, e deste disco:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieGfy2f5JvSez-y0tWwMh51TJmTjFExFgndQi_20y70JSOYIT5gZ9Tr_VTunDBwKeq6xBDwoe1R6occpm8Fu_XhyphenhypheneuDP9uPmM6lQWnOZIrZPnOz0dNyibqOWX78JjdObMGaKPIqrQi7w/s400/ultravox.jpg)
Adorava ele, e em especial a faixa título "VIENNA"
Caminhávamos pelo ar frio.
O sopro gelado no vidro de uma janela, *
Deitado e esperando.
O homem no escuro num quadro de imagem,
Tão místico e sensível.
Uma voz chegando num gruto profundo,
Ainda permanece com você
O sentimento se foi, só você e eu.
Não significa nada para mim.
Isto não significa nada para mim.
Oh, Viena.
A música está tremulante
Notas frequenciais, cordas trementes, **
O rítmo está chamando.
Sozinho pela noite
Enquanto a luz do dia traz,
Um silêncio frio e vazio.
O calor de sua mão e um céu cinzento e frio,
Se esvai à distância.
A imagem se foi, só você e eu.
Não significa nada para mim.
Isto não significa nada para mim.
Oh, Viena.
Isto não significa nada para mim.
Isto não significa nada para mim.
Oh, Viena.
* Quando respiramos próximo a uma janela no frio, e parte janela fica embassada.
** Recurso utilizado geralmente por violinistas em bater nas cordas para tirar um som tremulante.
Acabei apresentando ele para os mais chegados, que passaram a gostar também.
Numa madrugada, depois de bebermos e conversamos muito com Cristina, estávamos todos jogados no chão da sala em minha casa.
Ouviamos o disco, mas queriamos só ouvir VIENNA, até que um falou:
"Bem que podia só tocar essa faixa a madrugada toda!"
E não vão acreditar... a faixa repetiu, repetiu, e repetiu a madrugada toda.
Nunca falamos sobre o que aconteceu naquela noite.
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