quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

VAMOS TENTAR MUDAR PARA O OUTRO LADO DA MOEDA.



Oscar Quiroga é um astrólogo que estuda a relação entre os astros e a humanidade. Nasceu em 1957 sob o signo de peixes com ascedente em gemeos e lua em touro.

Quiroga não é um astrólogo que alimente superstições e falsos conceitos, é preocupado em levantar questões fundamentais a respeito da vida, para que sejam refletidas e aprofundadas. Às diversas pessoas que decidem pedir seu auxílio, através de mapas astrais, ele diz:

"Não me pergunte o que o céu pode fazer por você, mas sim de que maneira você pode engrandecer o universo realizando o que há de cósmico em sua presença."



A guerra no céu. 7 virtudes e 7 pecados.

Enquanto para nós, humanos, o plano cósmico continue sendo uma teoria, e não uma realidade levada em conta sistematicamente a todo momento, e perante quaisquer decisões, seremos ainda essa tribo de rebeldes que se auto-intitula deus da própria região, o planeta Terra. Nossa rebeldia é o verdadeiro pecado original, não aquele pecado usado para nos assustar com a perspectiva de sermos julgados por Deus no final dos tempos, mas o que resulta da atitude teimosa e insistente de continuar dando as costas ao espírito, com o mero intuito, consciente intenção, de nos enamorar da sombra material. O pecado é dar as costas à origem, o pecado é dar as costas ao plano cósmico, e fazermos de conta que por aqui é outra coisa diferente, aquela que caprichosamente nós mesmos determinemos, como deuses de nosso próprio mundo.

Esse pecado original, que nos declara rebeldes cósmicos, é o mesmo que nos mutila, o que dá como resultado essa sensação de exílio cósmico, mas não porque ninguém nos tenha condenado a isso, nós mesmos, como espécie, em algum momento de nossa história evolutiva, decidimos exilar-nos, e por esse exílio ficamos na posição de, em algum momento, termos de tomar outra decisão, a de enfrentar novamente nossa origem e destino, devolvendo nossos desejos e aspirações ao verdadeiro plano, nos sintonizando melhor, e definitivamente, com esse.

Enquanto não fazemos isso, as sete virtudes cósmicas que se espalham por todas as dimensões existenciais através dos doze signos, se convertem, pela obra de nossos pensamentos e atitudes rebeldes, em sete pecados capitais. O poder se transforma em ira, o amor se transforma em avareza, a inteligência se transforma em gula, a criatividade se transforma em inveja, a razão se transforma em vaidade, a devoção se transforma em luxúria, e a ordem se transforma em preguiça.

E cá estamos nós na Terra, agarrados de nosso miserável reino criado pela nossa própria capacidade divina, mas executado num nível absolutamente inferior ao merecido, dado ser produto de rebeldia insofismável, de termos dado as costas ao plano original e transformado as sete virtudes cósmicas que compõem toda a história evolutiva do cosmos em sete pecados capitais.

Meus caros seres humanos: A leitura do mapa cósmico, ou mapa astrológico, é a leitura da função que exercemos nesse plano inefável do universo, mas também é a leitura do que fazemos com essa função, se a exploramos em benefício individual, e por isso a transformamos em pecado, ou se venturosamente tomamos a corajosa atitude de nos sintonizar com o plano cósmico, e nos tornar instrumentos de sua realização. O cosmos é um plano em constante evolução, uma que acontece através de cada uma de suas individualidades, um ser humano, uma planta, a espécie humana como um todo, um planeta inteiro, um sistema solar, uma galáxia, e por aí vai...

Esse plano cósmico se manifesta através de sete virtudes fundamentais, que se incorporam em cada individualidade existente. O poder, o amor, a inteligência, a criatividade, a razão, a devoção e a ordem ritual.

A virtude do PODER é a que habilita a participar ativamente do plano cósmico, o poder habilita a decidir, o poder habilita a colocar em movimento nossos próprios destinos. Quando damos as costas a essa virtude que nos habilita a participar ativamente do cosmos, somos tomados pela IRA, pois fazemos de conta que o universo inteiro deve render-se a nossos desígnios individuais, em vez de nós nos render ao desígnio cósmico.

A virtude do AMOR nos habilita a entrar em contato com o mundo dos fenômenos e a entrar em contato com toda a criação, para relacionar entre si todas as individualidades, todos os fragmentos do colossal corpo cósmico, para dar o grude novamente entre si, e recuperar a visão do todo. Todavia, quando damos as costas a essa virtude amorosa, a transformamos em AVAREZA, pois em vez de fazer o grude de tudo com tudo, evitamos compartilhar nada que consideremos nosso próprio, insistindo em manter tudo separado, o teu é teu, o meu é meu, e por aí vai a insistência separativa.

A virtude da INTELIGÊNCIA nos habilita a interpretar todos os ingredientes da realidade fenomênica, nos habilita também a escolher os que mais se adequem a nossos planos, e também ao plano original, e construir assim nosso próprio quebra-cabeça. A virtude da inteligência nos habilita a entrar em ação e colocar em movimento a criação. Porém, quando damos as costas a essa virtude a transformamos em GULA, pois adotamos a postura de precisarmos energia constante e infinita para fazer qualquer coisa, e assim acabamos nos concentrando apenas na alimentação, e nunca na própria ação.

A virtude da CRIATIVIDADE nos habilita a intermediar o relacionamento do mundo visível com o invisível, a inventar instrumentos e imagens para estabelecer essa ponte comunicativa entre o que é perceptível imediatamente através dos órgãos físicos, e o que é imperceptível por eles, mas absolutamente acessível pela mente, pela imaginação. Nós, como espécie cósmica, ocupamos esse lugar da intermediação, e por isso a criatividade é tão importante para nós.

A criatividade se alimenta de conflito, pois ainda não há um fluxo contínuo e sereno de informações entre os mundos visível e invisível. Porém, a despeito do desconforto provocado por uma existência em constante conflito de tudo com tudo, nós, a espécie humana, somos capazes de criar, de inventar algo onde antes parecia haver nada. Todavia, quando damos as costas à criatividade, quando nos convencemos de sermos incapazes de criar, então enveredamos pela INVEJA, e por ela inventamos, sim inventamos, que a grama do vizinho é sempre mais verdejante, inventamos que só seremos brilhantes possuindo o que os outros possuem, ou pior, destruindo o brilho alheio. Inveja é o lado obscuro da criatividade.

A quinta virtude, a RAZÃO, nos habilita a rever nossos planos, a criar uma imagem mental deles para lapidá-los e reinventá-los continuamente no plano subjetivo da mente, de modo a quando os colocarmos em movimento, estejam perfeitos. A virtude da razão nos habilita a viajar longe sem sair do lugar, a ir aos confins do universo usando como veículo nossa própria mente. E aí acontece o seguinte, quando damos as costas a essa virtude nos enamoramos de nossos próprios pensamentos, e isso resulta em vaidade, em SOBERBA, nos achamos os bambambã do cosmos, confundindo a imagem com a realidade consumada.

A sexta virtude cósmica, a DEVOÇÃO, ou comumente chamada paixão, é a que nos habilita a nos focalizar concentrada e obstinadamente no retorno ao plano original, a depor nossa rebeldia e nos submeter a nossa origem e destino. Pela virtude da devoção abandonamos alegremente tudo que nos distraia nesse caminho de retorno. Porém, essa habilidade de se focalizar ardentemente no retorno, pode também dar as costas ao retorno e se focalizar, com o mesmo ardor e intensidade nos apetites sexuais, e se transformar em LUXÚRIA.

A sétima virtude cósmica, a do ORDEM RITUAL, nos habilita a estabilizar o plano cósmico através da repetição sistemática de gestos, palavras e hábitos, e através dessa repetição participar mais ativamente ainda do plano cósmico. E aí, podemos também dar as costas a essa virtude e transformá-la em PREGUIÇA, nos abstendo intencionalmente de fazer tudo que for necessário para a preservação da ordem que, mesmo pequena, porque cotidiana, continua capaz de evocar a grande ordem cósmica.

Sete virtudes cósmicas que nós humanos, aqui na Terra, somos capazes de transformar em vícios. Poder em Ira, Amor em Avareza, Inteligência em Gula, Criatividade em Inveja, Razão em Soberba, Devoção em Luxúria, Ordem em Preguiça.

Aqui e agora é o momento da decisão, uma que separa definitivamente a espécie humana em dois bandos, os que decidam permanecer rebeldes e contrários a participar ativamente do plano cósmico, e os que decidam abdicar os vícios e reunir-se aos Colaboradores Cósmicos, que ansiosa e alegremente esperam pela possibilidade de contar com nossa participação.

Aqui e agora você decide, Eu decido, a espécie humana decide o lado pelo qual vai lutar a cósmica batalha que se trava no céu, e o trabalho do astrólogo é fazer com que recuperemos a visão desse céu, que é íntimo. A batalha no céu não é lá em cima, é aqui dentro, no íntimo de cada coração, em cada pensamento que se torna semente de obras, que podem ser viciadas ou virtuosas. Escolha você seu lugar de batalha, pois não há mais tempo para dilemas. A guerra está em marcha, e nela se decide o destino de nosso planeta, e de toda nossa espécie.

Nenhum comentário:

Postar um comentário