domingo, 3 de julho de 2011

"ARTE" NA RUA #53

Joguinho de bola na rua era de lei.
Dois times, jogo contra, golzinho, rebatida, dois toques, bobinho, e a vai...



It’s not only futebol
É futebol, rock’n’roll e, principalmente, “alma” – no sentido de “entrega”. Tudo junto e misturado nesse cara que, por não saber lidar com a intensidade das suas emoções, se envolveu profundamente com as drogas. Contrariou todas as expectativas, recuperou-se e se levantou. O que – de fato – está por trás da mente (muito rápida) de Walter Casagrande Junior?


Casagrande hoje, com 48 anos, na escada de seu apartamento, em São Paulo. “Tudo que eu perdi na vida, reconquistei.”

A história de vida de Walter Casagrande Junior, 48, tem picos muito significativos, e não só naqueles momentos em que se confunde com a história do futebol. Revelado no Corinthians no início dos anos 80, o ex-jogador brilhou nos campos. Pelo time que o revelou, mostrou que futebol é paixão pela camisa. Naquela época, atuou além dos gramados, como um dos líderes da Democracia Corintiana, que lutava contra a obrigatoriedade das concentrações antes dos jogos e apoiava o movimento das Diretas Já. Passou pelo São Paulo, Flamengo e Seleção Brasileira. Lá fora, jogou em Portugal e Itália, onde teve grande projeção. A carreira como jogador terminou em 1996, e Casagrande se tornou um dos principais comentaristas da Rede Globo. Tudo parecia bem, até que um acidente, em 2007, revelou ao país que o ex-jogador tinha problemas muito mais sérios com as drogas do que se podia imaginar. Era o início de uma nova era para ele. Depois de um bom tempo de internação em uma clínica, Casão, como é chamado pelos amigos e fãs, recuperou-se. Assumiu, diante de todos, as suas maiores fragilidades. Coisa de macho. Hoje, acredita, está em sua melhor fase da vida. Além de comentar os jogos na Globo, participa do programa Arena Sportv e de um programa de rádio que une rock e futebol, o 90 minutos, na Kiss FM. Assim, Casagrande constrói e reconstrói a sua história. De herói? Talvez, mas um heroísmo em que certo e errado não existem. Nem bandido nem mocinho. Apenas a história da vida como ela é. Sem julgamentos. E com a lição de que tudo pode ser muito maior do que se pensa.

Casagrande chegou para esta entrevista, feita em um restaurante em São Paulo, falando ao celular com um colega do jornal Diário de São Paulo (onde assina uma coluna) sobre o comportamento do santista Neymar no jogo em que foi expulso ao colocar uma máscara dele mesmo – que um torcedor lhe deu por sobre o alambrado – para comemorar um gol. Casão dizia que não condenava a atitude do jogador, o garoto estava excitado e precisava extravasar: “O desequilíbrio é normal para quem dormiu anônimo e acordou famoso”. A consequência foi a expulsão, mas, para ele, isso é melhor do que guardar as emoções e não saber o que fazer com elas depois.
É um ponto de vista que diz muito da personalidade de Casagrande. E qualquer semelhança com a sua história não é mera coincidência...

Aproveitando mote: o Zidane insinuou, recentemente, que o jogador brasileiro tem instabilidade emocional e que, por isso, é fácil ganhar do Brasil. Para ele, “basta provocar”. Você concorda?
É uma arma que todo mundo tem contra o Brasil e que a Argentina usa melhor. O argentino, além da técnica, raça e do bom toque de bola, sabe conduzir o emocional do jogo de acordo com o que quer. Por exemplo, se o time está em dificuldade, os jogadores começam uma guerra. O adversário costuma cair nessa. A diferença é que o argentino está simulando, e o adversário, não. Ele perde o equilíbrio emocional de verdade. O brasileiro cai nessa toda hora. O brasileiro é desequilibrado emocionalmente.

Você acha que os jogadores não se preocupam em ter um preparo emocional?
Não, o povo brasileiro é muito mal esclarecido e tem pouco conhecimento de problemas psicológicos e psiquiátricos. Eles ainda encaram que quem vai a algum especialista é louco. Isso não é verdade. Ainda existe muito preconceito. É uma pena. Eu, por exemplo, fiz duas terapias essa semana, e só não fui hoje porque eu tinha marcado com você. Tenho duas psicólogas à disposição para a hora que eu quiser. É só ligar, que elas aparecem. A gente não sabe lidar com tudo. A gente acha que está lidando, mas, na verdade, está engolindo. E, se você engole, a coisa fica aqui dentro. Eu sei porque eu fiquei um ano internado e eu tive que trabalhar tudo o que existia na minha vida. Fiquei um ano para me conhecer e para que os médicos entendessem qual era o meu problema.

A razão de você ter se envolvido com as drogas...
A droga é só a ponta do iceberg, é o recurso usado por quem tem uma cacetada de problemas por trás. Por isso é que o cara usa. Na verdade, o viciado não é viciado na droga, ele não consegue lidar com aquilo que tem dentro. A droga, falsamente, dá uma sensação de que você está legal, mas depois que passa, deixa um buraco que vai aumentando, aumentando. Na clínica, eu tive que conhecer um monte de coisa. Por exemplo, eu não sabia que eu era desequilibrado emocionalmente. Eu não sabia que eu era 8 ou 80. E eu tinha um problema sério por causa disso, porque eu potencializava as emoções. Não gostava de alguém, eu amava pra c... E eu não ficava chateado, ficava supertriste. Não sabia que eu era assim. No final, antes de ser internado, eu me drogava quase todos os dias. Achava que gostava de drogas. Com 13 anos, eu já queria usar drogas. Eu dizia para as pessoas que nasci carimbado: “Sou louco”. A minha família, por muitos anos, dizia: “Ele é assim mesmo, deixa o Waltinho.” Mas eu não sou assim.

Antigamente, a relação das pessoas com as drogas também era outra, havia uma visão mais ideológica, de libertação.
Tem toda uma história da minha vida com isso aí. Eu usava drogas porque não conseguia lidar com as minhas emoções. Com as pessoas, eu era superalegre e alto-astral. Sozinho, eu era melancólico. Fui resolvendo isso na clínica, mas esse é apenas um dos pontos do problema. O outro, já que você falou da minha juventude, é que sou apaixonado por rock’n’roll. A minha vida não é o futebol, é o rock’n’roll. Sempre foi. Com 9 anos, eu já ouvia aqueles compactos, da Apple, dos Beatles. Com 12 anos, ouvia Janis Joplin. A primeira vez que ouvi Jimi Hendrix, achei f... Até que eu ouvi The Doors, aí a coisa me pegou. Quando eu vi o Jim Morrison, pensei: “Sou esse cara”. E foi isso que aconteceu comigo. Eu trabalhei na clínica durante muitos meses essa interligação que eu fiz com o Jim Morrison. Eu queria ser ele. Eu era ele. Fui ele por muitos anos. E, quando eu parei de jogar, fui só ele. Me identifiquei muito, só que com o lado destrutivo. Eu era aquele cara sozinho, fechado, pensando coisas que achava que ninguém entendia. Querendo chocar. Fui me destruindo.

Ele acabou morrendo...
Essa é a nossa diferença. Na época dele, não existia essa coisa de identificar doenças psiquiátricas, ele não teve ajuda e morreu. A minha época foi outra. O Nasi (cantor e ex-integrante da banda Ira!), que conhece muito das minhas histórias, falou que fui bem mais destrutivo do que muitos ícones do rock, só que alguns morreram no meio do caminho. Eu não. Eu tive overdose e fiquei em coma por quatro ou cinco vezes. Quase morri. Passava, e eu me drogava tudo de novo, dentro do hospital mesmo. Falava para a enfermeira que precisava fazer xixi, ia no banheiro, levava a minha bolsinha e me aplicava ali mesmo. O Nasi disse: “C..., isso é pior do que ‘cheirar o pai’”, como Keith Richard disse que fez. Então, eu sei o que é autodestruição. Hoje, continuo idolatrando o Jim Morrison, mas não me identifico mais com o lado destrutivo dele.

Hoje você não quer mais se destruir.
Eu não aceito mais e condeno. Fiquei com bronca disso. Aconteceu o mesmo quando o Raul Seixas morreu. Fiquei p...! Me ligaram e contaram que ele tinha morrido. Pensei: “Que p... cara egoísta”. Tem um monte de fã, mas não se cuidou e morreu. Quem ele pensa que é para fazer isso com as pessoas?

Só que você estava fazendo a mesma coisa...
Exatamente. Meus filhos me amam. Minha família me ama. Eu tenho amigos pra c... Eu nunca fiz mal pra ninguém. Tudo o que perdi na vida, reconquistei. Fiz tudo sozinho. Não puxei tapete de ninguém. E não é porque eu sou bonzinho, não. Sou assim mesmo. C..., eu sou igual a todo mundo.

O acidente que você sofreu em 2007 foi um divisor de águas?
Claro. Isso aconteceu numa fase punk. Eu já estava me questionando se era aquela a vida que eu queria, porque eu estava caminhando a 300 km por hora para a morte. O meu caminho era a morte. Eu só tinha duas saídas: morrer ou ser internado. Tinha um muro lá na frente, mas eu não estava vendo. Bati de cara no muro. Capotei o carro. Dormi no volante. Estava há semanas sem dormir, me drogando e tomando remédio para dormir. Esses remédios só fizeram efeito naquela hora. Capotei em cima de 6 carros e não me aconteceu nada. Alguém – de cima ou de baixo – falou: “Morrer é fácil agora, né? Então, não, você vai ter de lidar com tudo isso!” Foi então que fiquei internado por um ano. Só que não tive escolha: quando eu abri o olho, já estava dentro da clínica. Foi a sorte, porque, se eu tivesse que escolher, não teria ido. Por isso eu acho que é alguma coisa espiritual de qualquer canto. Que seja!

E, já que você falou de rock... O trabalho na Kiss é o primeiro que você faz relacionado à música?
Não. Em 1994, fiz um programa na MTV com o Marcello Frommer, o Nando Reis e a Astrid Fontenelle. Nessa época, eu e Frommer ficamos muito amigos. A gente sempre se encontrava para beber, fazer projetos, conversar. Um dia ele disse: “Gosto pra c... de futebol e você gosta pra c... de rock’n’roll, vamos fazer um programa com um cara do rock que gosta de futebol e um cara do futebol que gosta de rock? E fizemos um programa assim na 89 FM. Foi difícil. Boicotaram a gente. Mas foi o primeiro programa que misturou rock e futebol. Depois, fomos para a Transamérica. Na Brasil 2000, fiz um programa com o Paulo Miklos e uma banda formada pelo Luis Carlini, que era do Tutti-Frutti, o Franklin, do Joelho de Porco, além de outros caras. Agora, faço o 90 minutos na Kiss, de segunda-feira, às 20h. Eu, o Ronaldo (ex-goleiro do Corinthians), o Nasi e o locutor Titio Marco Antônio.


Casagrande nunca escondeu sua atitude rock’n’roll. Nota-se por essa imagem de 1982, época em que brilhava no Corinthians

De onde vem essa sua relação com o pessoal do rock nacional?
Minha relação mais forte é com o pessoal dos anos 70, 80. Porque eu sou da Pompéia (bairro da zona oeste de São Paulo). Eu conheci o Sérgio Dias. Conheço a Rita Lee... O que aconteceu foi que, nos anos 80, todo mundo explodiu junto. Eu explodi em 1982, com 19 anos. Nessa época, começou Barão Vermelho, Titãs, Ira!, Replicantes, Lobão, Blitz, Gang 90 com o Julio Barroso, Cazuza... E os caras começaram a ver que eu frequentava o show deles. Com isso, começou uma ligação f... A Cássia Eller, por exemplo, era muito amiga do Nando Reis. E eu também. Um dia, fomos fazer o piloto do programa do Serginho Groisman, e ela bateu na porta do meu camarim. Parecia que a gente já se conhecia há anos, porque o Nando falava tanto de mim pra ela, que, quando ela me viu, já me adorava. Então, teve muita gente que bateu de primeira. Com o Paulo Miklos (Titãs) também. Nós dois juntos era f...

Como você vê o rock de hoje em dia? Funciona da mesma maneira que com o futebol?
É igual. Antigamente, no futebol, o jogador tinha paixão pelo time. P..., eu joguei no Corinthians, c... Hoje, os jogadores trocam de time toda hora. Não existe mais paixão pelo time. É a mesma coisa com o rock. Os caras até têm o rock na veia, mas o que importa hoje é o mercado. Não critico, porque é assim e ponto final. Mas eu sou muito mais a frase da Rita Lee: “Roqueiro brasileiro tinha cara de bandido”. Eu comparo da seguinte forma: eu jogava futebol no campo de terra com os meus amigos, e isso é o mesmo que fazer um som na garagem. O barato era jogar assim, como o barato é tocar aquilo que se quer, entendeu?

O Juca Kfouri falou, recentemente, que o Robinho não deu para o futebol o que o futebol deu pra ele. Você concorda?
Sim, concordo. Não acho que seja o caso de todos os craques, mas, especificamente do Robinho, sim. Porque ele poderia ser o Pelé ou o segundo Pelé. Não foi porque, com a idade que ele tem hoje, deveria fazer muito mais. Hoje, o Robinho faz o mesmo que fazia quando tinha 19. Mas o cara é tão bom, que aquilo que ele faz hoje – mesmo sendo o mesmo que fazia quando tinha 19 anos – é espetacular. Só que se ele tivesse evoluído, seria sensacional. E é aquilo que eu te falei. O futebol, hoje, não tem aquela paixão, o lado financeiro é muito mais importante. Os caras são colocados numa posição de artista.

Tem jogador que ganha só para entrar em campo.
Sim, mas eu não condeno. Nós vivemos em um capitalismo lascado. Eu nasci em 1963. Sou anticapitalista. Sou da época do futebol com paixão. Vi o rock’n’roll crescer com paixão. As coisas mudaram e o melhor dessa história toda é que eu aprendi a aceitar a mudança, apesar de não participar disso. Democraticamente, você tem que aceitar as diferenças...


Em casa, falando de rock e futebol: “O Corinthians é o Sex Pistols, os Ramones ou o Dead Kennedys, ele choca, é punk, é intenso”

E, por falar em “paixão pela camisa”, é impossível não citar aquele episódio em que você entrou no Maracanã com a camisa do Flamengo para jogar contra o Corinthians. A torcida corinthiana, em vez de vaiar, começou a cantar, pedindo pra você voltar para o Corinthians. Como foi isso? Mexeu emocionalmente com você?
Mexeu emocionalmente e quebrou toda a minha preparação psicológica. Eu estava esperando vaias. As vaias iam me motivar. Com elas, eu ia jogar pra c..., não tinha dúvidas. Eu sabia que ia ganhar o jogo se acontecesse o que eu estava esperando. Eu ia fazer dois gols. Estava voando naquela época. Eu tinha feito um golaço contra o São Paulo no Maracanã, foi 2 a 1; ganhamos de 1 a 0 do Botafogo, eu fiz o gol. Ganhamos de 3 x 0 do Inter, e eu também tinha feito um golaço. O seguinte a pegar era o Corinthians. Não tinha chance. Eu pensei: “Eles vão me vaiar pra c..., mas eles vão se f..., porque eu tô bem pra caramba”. Cheguei lá e não vaiaram. Fizeram tudo isso aí que você falou. Mas eu não me f... completamente, porque foi uma coisa maravilhosa, foi histórico. Esse episódio é único. Conclusão: voltei para o Corinthians.

Fora que você foi fundamental na Democracia Corintiana...
A ideologia principal da Democracia Corintiana era fazer o jogador de futebol ter uma vida social, participação política etc. Ter liberdade de escolha das coisas. Ser um cidadão comum brasileiro, muito mais do que um jogador de futebol.

Isso inclui ser homossexual? Pergunto isso porque o esporte é um dos meios mais preconceituosos.
Inclui ser o que quiser. O homossexual faz parte do mesmo pacote do dependente químico. Fizeram uma pesquisa e o preconceito com dependente químico é até maior do que com o homossexual. Até eu já fui taxado de “veado” porque usava camisetinha justa, cabelo comprido. Eu vivia tomando blitz por causa da minha aparência. Em 82, eu tomava blitz pra c..., todo dia, às vezes duas vezes por dia. A Rota não podia me ver.

Hoje o futebol está mais democrático?
O país é democrático – então, automaticamente, as instituições ficaram mais democráticas. Umas um pouco mais; outras um pouco menos. Hoje é condenável falar alguma coisa preconceituosa – mas ainda existe preconceito pra c.... Os jogadores, que nunca gostaram disso, hoje não estão nem aí para os cuidados físicos, os treinamentos – os que podem, saltam fora. O Ronaldo, por exemplo, nunca abriu mão de beber, fumar. Ele deu a volta por cima de três contusões seriíssimas, mas teve de parar aos 33 porque não teve força de vontade pra vencer a si mesmo. Tem que entender o Ronaldo. Ele passou por tantas coisas. Qual é o objetivo que sobrou pra ele? É claro que ele poderia jogar mais, mas me dá um objetivo que o Ronaldo poderia alcançar ainda mais na carreira dele? O cara foi campeão em todo lugar que jogou, foi campeão do mundo e artilheiro da Copa do Mundo. Quer mais o quê? Mas, se você quer saber, a concentração é o seguinte. Por que ela é feita? Antigamente, era feita porque não existia confiança no jogador. Foi aí que a Democracia Corintiana entrou, pra combater isso. A concentração tem que existir não por falta de confiança. Se você vai ter um jogo importante, o que custa você comer na hora certa, repousar na hora certa, etc.? Não sou contra isso, não, mas porque cada um sabe das suas responsabilidades e não porque é obrigado a fazer, por falta de confiança. E era isso que a gente combatia. A gente não era contra a concentração, mas contra o porquê dela.

Você nunca pensou em ser técnico?
Eu fiquei muito envolvido com isso, teve uma época em que saía no jornal direto que o Corinthians ia me contratar. Eu comecei a acreditar e não conseguia dormir mais. Deixava meu celular ligado esperando alguém me ligar. Começou a me fazer muito mal. Aí, um dia eu pensei: “Tenho duas opções: ou eu quero ser treinador mesmo, declaro e beleza, ou eu corto isso na minha vida, para que não me atrapalhe mais. Decidi cortar. Eu sou comentarista de futebol, esquece, não sou treinador.

O que você acha desse novo formato de jornalismo esportivo que tem hoje em dia, com uma pegada mais para o humor?
Eu acho que tem coisas que dão audiência e que vendem, e tem coisas que precisam ser sérias. Eu até participo de programas que encaram o futebol com humor, para deixar mais leve o assunto, mas eu vou lá e participo seriamente, porque o futebol me deu tudo o que eu tenho na vida e continua me dando. Eu não vou brincar com aquilo que fez quem eu sou. Eu respeito muito o futebol.

Só para finalizar, já que falamos de futebol e rock na mesma medida, você consegue associar algumas bandas com times de futebol?
O Corinthians é o Sex Pistols, os Ramones ou oDead Kennedys, ele choca, é punk, é intenso. Já o São Paulo, encaro como um rock progressivo, tudo mundo gosta de como o São Paulo joga, as pessoas veem que ele está evoluindo, progredindo. Tudo funciona direitinho, é um Pink Floyd, um Yes... é aquele som gostoso, legal, mas que não dá para ficar o dia inteiro ouvindo.

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