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Goethe conclui a segunda parte de seu Viagem à Itália (Italienische Reise) observando que nenhum relato é capaz de dar conta das impressões que alguém pode experimentar ao empreender uma viagem. Chega a essa conclusão ao comparar os relatos de outros viajantes à Itália, que ele havia lido, e sua experiência particular nesse país; ao mesmo tempo em que se dá conta que suas tentativas de também descrever as impressões experimentadas em sua viagem resultam fragmentárias, parciais. Atribui essa inevitável parcialidade, a qual todos estão submetidos, ao fato de que “a personalidade, os propósitos, as circunstâncias, o favor e o desfavor prestados pelo acaso [...] varia de pessoa para pessoa”. Essa reflexão de Goethe não se limita à experiência na Itália e aos relatos de viagem. Na verdade o escritor alemão acredita que o contato com as fontes orais e escritas é necessário para formarmos o conhecimento, mas que não deve ficar reduzido a elas, sendo mais importante ainda o contato direto com as coisas mesmas. (Goethe e Keats em face da urna antiga por Luís Rubira)
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