quarta-feira, 11 de agosto de 2010

LIVROS FANTASMAS





Estava vagando na biblioteca e esse livro me achou. Como assisto ao programa FLASH do Amaury faz tempo, resolvi pegar para dar uma conferida.

Show de risos na madrugada (27 de setembro de 1999)

Amaury Jr. lança livro com as histórias mais divertidas de seus 18 anos de colunismo eletrônico

Alessandra Nalio

Em 1975, o jornalista e apresentador Amaury Jr. tinha 24 anos e apresentava um programa na TV Rio Preto, no qual promovia gincanas entre faculdades. Em uma das tarefas, exigiu que levassem uma sósia da atriz Brigitte Bardot. Uma das equipes levou uma loira deslumbrante. Encantado com a moça, ele a convidou para ser sua assistente. "Era a Ana Maria Braga. Eu a descobri em Rio Preto", afirma Amaury, 48 anos. Essa e outras histórias foram colhidas desde o início de sua carreira, iniciada aos 14 anos como ra-dialista na emissora PRB-8 Rádio Rio Preto, e durante os 18 anos à frente do programa Flash, na Rede Bandeirantes. Estão no livro Flash - Fora do Ar, que será lançado na segunda-feira 27, em uma festa no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.

Depois de uma diversificada carreira jornalística em São José do Rio Preto, sua cidade natal, onde foi locutor, apresentador de tevê e dono de jornal, Amaury veio para São Paulo a convite do publicitário Mauro Salles para ser repórter da extinta TV Tupi. No início dos anos 80, criou o Flash, inaugurando o colunismo eletrônico na TV Gazeta – com cinco minutos diários. O programa passou pela Record e está na Bandeirantes há 16 anos. Hoje, Amaury tem duas atrações diárias, Amaury Jr., ao vivo, das 15h30 às 17h, e o Flash, durante a madrugada. No primeiro, o apresentador entrevista famosos e desconhecidos com histórias interessantes. O segundo acontece em festas de empresários e de gente famosa. "Além das curiosidades, meu livro também é um manual para jornalistas iniciantes", conta ele. "Tem gente interessada em indicá-lo para estudantes de jornalismo."

O livro reproduz algumas situações vividas pelo apresentador. Uma vez, no começo dos anos 80, Pelé o puxou para um canto durante uma festa e pediu uma ajuda para uma modelo que namorava. "Ele me mostrou as fotos e pediu que eu desse uma força", conta Amaury. Era o começo da carreira da hoje superestrela Xuxa. Outra história foi relatada pela atriz Marisa Orth. Enquanto se preparava para a sessão de fotos para a Playboy, a atriz ouviu de um homem a frase: "Ela é bonita, mas o problema é que está com as tetas meio castigadas". Antes de descobrir que o comentário era sobre a cadela pastor alemão que posaria com ela numa foto, Marisa quase arrumou uma briga.

Apesar da experiência como entrevistador, Amaury já engoliu desaforos. Durante uma festa numa casa na avenida Rodeo Drive, em Los Angeles, ao avistar o ator Charles Bronson, Amaury se identificou para o astro americano como jornalista brasileiro.
– Onde fica o Brasil? É um país? O que é? – indagou Bronson.

– Não, Mr. Bronson, o Brasil é aquele país que engordou sua conta bancária muitas vezes, assistindo a seus filmes canastrões. Só que agora temos um novo Brasil que já decretou a sua decadência. Queria lhe dar oportunidade de recuperar seu prestígio – devolveu Amaury.
"Ele ficou tão furioso que se conteve para não me agredir. Saí de lá feliz", conta o apresentador, que confessa ter sido vítima de suas próprias armações. Também nos anos 80, durante o lançamento do Ford Escort, na boate Gallery, sob a condição de que ganharia um modelo do carro, conseguiu que a então primeira-dama Dulce Figueiredo posasse, sem que ela soubesse, como garota-propaganda da Ford. Antes, pediu dois carros ao publicitário que intermediava a manobra "marketeira". Na hora, inventou que o carro seria doado à Legião Brasileira de Assistência e conseguiu atraí-la até o veículo. A primeira-dama faturou um carro, mas Amaury não ganhou o segundo da combinação. "Até hoje, nunca vi o cheiro do carro", diz.

Apesar do estilo refinado, ele já protagonizou o que chamam de "barraco". Em 1991, o empresário Wagner Canhedo o convidou para o vôo inaugural da Vasp entre São Paulo e Los Angeles. Durante o jantar para empresários brasileiros e americanos, Amaury gravou passagens para seu programa. "Cheguei com minha equipe e ligamos a câmera. Uma relações-públicas disse que estávamos atrapalhando. Mudamos de lugar várias vezes, mas ela nos perseguiu a festa inteira. Disse algumas bobagens e continuei", conta. Mais tarde, ao entrar numa cabine telefônica do hotel, o apresentador foi agredido por um homem. "Bati nele também e ele acabou fugindo. Depois descobri que era o namorado da relações-públicas", relembra Amaury. O caso foi abafado. E o apresentador omitiu essa passagem em seu livro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário