quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

DESVENDANDO O MISTÉRIO.



Millôr, deixa de fazer mistério: o que houve entre você e a Veja?

Não tem mistério. A VEJA se apropriou de toda minha vida de trabalho e colocou-a na Internet como coisa sua. Se aliou ao Bradesco, que lhe deu inicialmente 3 milhões de reais (uma miserável avaliação de minha "obra"). Estou processando os dois. Quem viver, verá. Você vai ver? Abrasssão. O Millôr.


ESTIO
Houve um tempo em que havia um andar de cima e um porão.
Houve um tempo em que o som de um amolador entorpecia a tarde.
Havia uma moringa na janela, refrescando a água.
Sempre, a qualquer momento, alguém ainda dormia, nas desencontradas horas da família.
Na tarde estorricante do verão uma cachorra chamada Teteca levantava a cabeça de vez em quando, num piso de cimento embaixo da mangueira, na única sombra do quintal ensolarado, e dava para o alto três latidos lancinantes de protesto.
Acho que para Deus.
Acho que havia Deus.

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