sábado, 24 de outubro de 2009

JAMAIS COMELIA O MENÓ PEDAÇO DE PIZZA


Com a tv a cabo chegou o canal japônes NHK, e junto chegaram as transmissões do esporte mais tradicional do Japão, o sumô é praticado no país desde o século 3. As regras atuais foram criadas no longínquo período Edo (1630 a 1867), mas foi no século 20, especialmente na década de 1990, que a popularidade alcançou seus maiores níveis.
Um pouco de história no sumô
A origem do sumô confunde-se com a origem mitológica do Japão. Há uma lenda que nos tempos míticos, os deuses lutavam entre si. O sumô não era apenas um esporte, mas uma forma de prever se as colheitas seriam boas através das intenções dos deuses. Relacionado aos cultos animistas, o sumô manteve a forma e adquiriu regras para se desenvolver, sem perder as características iniciais.
O sumô chegou ao Brasil com os imigrantes no início do século 20. O primeiro campeonato da modalidade realizou-se na colônia de Guatapará, no interior paulista, em 1914. Em 1962, foi criada a Federação Paulista de Sumô, e em 1998, a Confederação Brasileira de Sumô. Em 2000, o Brasil sediou o Campeonato Mundial no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Foi a primeira vez que o torneio foi disputado fora do Japão.
Categorias
Tanto no masculino como no feminino, a CBS adota a idade como limite das categorias até o juvenil, ou seja, até 19 anos completos. Para os adultos, é por peso.
Mirim (até 13 anos)
Infantil (13 a 16 anos)
Juvenil (16 a 19 anos)
Adulto Leve (85 kg para homens e 65 kg para mulheres)
Adulto Médio (85 kg a 115 kg para homens e 65 kg a 85 kg para mulheres)
Adulto Pesado (acima da 115 kg para homens e acima e 85 kg para mulheres)
Adulto Absoluto (sem limite de peso)
Existem pequenas alterações em torneios regionais e das federações, por conta da tradição. A divisão por peso é algo bastante recente, pois o sumô é tradicionalmente praticado somente na modalidade absoluta, assim como ainda ocorre no Japão.
Sumô profissional (da mais baixa para a mais alta):
Jyonokuchi
Jyonidan
Sandanmê
Makushita
Juryô
Makuuchi
O Makuuchi é, por sua vez, dividido em:
Maegashira
Komusubi
Sekiwake
Ozeki
Yokozuna
Sumô profissional e amador
As regras são as mesmas, no entanto, elas diferem em alguns detalhes, principalmente nos referentes aos golpes proibidos. No amador, são proibidos o haritê, que é o tapa lateral no rosto do oponente, e o kawazugake, em que um lutador derruba para trás o outro, enroscando sua perna na do oponente de forma inversa. É difícil para nós, brasileiros, admitir a diferença tão grande entre o amadorismo e o profissionalismo que existe no sumô, afinal, não temos nenhum esporte em que ocorra tal discrepância.
O mundo profissional é cheio de tradições e costumes, que mesmo no mundo do japonês moderno é difícil observar, como o maguê (penteado), o yukata (a roupa usada por eles), ou até mesmo as relações pessoais e regras sociais, como a questão da honra, do respeito ao mais velho, a hierarquia, etc.
Cerca de 90% dos lutadores profissionais abandonam a carreira sem chegar ao juryô, categoria que antecede a principal. Chegar a ser yokozuna é uma façanha ainda mais difícil: 0,1%. No entanto, devemos considerar a grande diferença que existe entre o sumô profissional e o amador. O sumô mais praticado no Japão e no mundo é a modalidade amadora, afinal são menos de mil os lutadores profissionais.

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